segunda-feira, 16 de março de 2009

Historia da Iluminação - Breve Histórico Parte 1


Nos Primórdios

No teatro grego e romano, a iluminação é exclusivamente natural.
Os espetáculos iniciavam-se com o nascer do sol e as vezes avançavam até a
noite. Vitrúvio (séc. I a.C. ou d.C) alertava para que a construção dos teatros se
desse em lugares salubres, longe de pântanos, com boa ventilação, orientação dos
ventos e com luz solar abundante.

A Idade Média

Primeiramente os dramas litúrgicos desenvolviam-se nas igrejas e a iluminação era favorecida pelos vitrais.Posteriormente, quando os dramas passaram também para os adros, praças públicas, ruínas de teatros romanos, tavolagens. A luz solar novamente foi a principal iluminação. Outras representações, como comédias satíricas, apresentações circenses, que eram executadas em tavernas e castelos, eram iluminadas com tochas e archotes.

O Teatro na Renascença

A partir do séc. XVI o teatro passou a ser representado também dentro de
espaços fechados. Os teatros possuíam amplas janelas para entrada de iluminação solar, que eram abertas nas apresentações vespertinas. Nas apresentações noturnas muitas velas garantiam precariamente a visibilidade. A vela, invenção dos fenícios, foi durante muito tempo a única iluminação que os teatros possuíam.

O Teatro Elisabetano

Os teatros da época tinham dois tipos básicos de arquitetura: circular ou
poligonal. O espaço central era sem cobertura, onde fica a ralé. Quem podia pagar mais caro ficava nos balcões, de forma semicircular. O espaço cênico avançava no
espaço vazio. A parte anterior do tablado ficava descoberta e a parte posterior tinha um teto apoiado em colunas. Toda iluminação era solar, porém para se designar a noite, os atores entravam munidos de tochas e velas acesas.

A Era dos Lampiões

Em 1783, Ami Argand cria um tipo de lampião a óleo menos bruxuleante, os
famosos lampiões Argand. Em seguida veio o lampião Astral francês e o tipo criado por Bernard Carcel, produzindo uma luz mais constante. Em todos os casos, os lampiões eram bastante inconvenientes, sujavam o teto,as cortinas e os estofados e ainda podiam pingar gotas de azeite na cabeça dos
artistas e do público. Nos EUA usava-se o óleo de baleia, na Europa experimentou-se o colza (extraído de um tipo de nabo) e o canfeno, terebentina destilada. Em seguida, veio o querosene que além de produzir muita fuligem e calor, queimava muito combustível.

Na Era do Gás

Nas ruas de Londres o gás começa a ser utilizado a partir de 1807. Em Paris a partir de 1819. Na iluminação doméstica a partir de 1840 (na Europa) e depois da guerra civil nos EUA. Nos teatros é empregado de forma generalizada a partir de 1850. A primeira adaptação bem sucedida em 1803 no Lyceum Theatre de Londres realizada por um alemão chamado Frederick Winsor. As primeiras mesas de controle apareceram em Londres e no Boston Theatre nos EUA.

As Vantagens do Gás

Luz mais intensa (um candelabro a gás equivalia a doze velas).
Regulagem de intensidade.
Maior estabilidade nos fachos.
Nitidez nas respostas.
Controle centralizado.
Novas disposições de fontes de luz.
Efeitos individualizados para isolar cenas e criar zonas de atenção.

As Desvantagens do Gás

Cheiro desagradável.
Produzia sonolência (intoxicação).
Produzia muita fuligem exigindo constante limpeza de paredes, tetos e cortinas.
O gás era manufaturado pelo próprio teatro (custos enormes).
Perigo de explosão e incêndios (segurança).
Obrigatório a presença de fiscais de fogo.
Os incêndios eram comuns

A Luz Eletrica

Em 1879 Edson fabrica a primeira lâmpada de incandescência com filamento de
carbono permitindo a generalização do uso da eletricidade nos teatros. Até o final do séc XIX a luz elétrica já havia se tornado comum nos grandes teatros. Primeiras instalações elétricas em palco italiano utilizavam luzes de ribalta,gambiarras (Luzes de cima) e laterais.

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