terça-feira, 28 de junho de 2011

Adeus Filamento.


Adeus filamento

por motonline |

E falando em enrolar, foi assim, enrolando, que o Sr. Thomas Edson, dentre tantas outras traquitanas, inventou a “lâmpada”.

Temos que aplaudir a genialidade desse sujeito, contemporâneo de Tesla, Bell e outras grandes figuras. Mas isso foi no ocaso do séc XIX, aurora do XX, e a lâmpada de filamento ainda está aí, firme e forte.

A lâmpada de filamento é um dispositivo excelente para produzir calor e um pouco de luz. Pois na verdade o que acontece na lâmpada é um curto-circuito bem comportado. Olhe bem o fiozinho enrolado lá da lâmpada. Ele, ligado a uma carga, cria uma enorme resistência e como lá dentro da lâmpada não há oxigénio, a coisa toda não pega fogo, mas apenas brilha. Essa é uma explicação rápida e superficial para introduzir o assunto.

Clamarão os tuna dores e enfeitadores: Mas têm os faróis de Xénon!!!

Sim, como direi … o princípio é quase o mesmo, oras bolas! É queima! Acontece que na tal lâmpada de Xénon há Xenônio. Ôpa! Fugiu da aula de química? Azar o seu!

Só pra relembrar, lá no canto direito da tabela periódica há uma fileira de gases nobres, que possuem as órbitas externas de elétrons completinhas, ninguém entra e ninguém sai. Argônio, hélio, neônio, xenônio e outros. É claro que é possível estabilizar outros elementos que tem apenas sete (ou menos) elétrons na última órbita, como é o caso do flúor. Basta meter mais um (ou mais) elétrons lá e temos, por exemplo, um halogênio. Sacaram a semelhança das palavras? Lembraram de alguns tipos de lâmpadas? A ideia era essa … e gases nobres não são aqueles que o sujeito lança no ar quando se empanturra de tranqueiras. Isso são gases S.Nob. Sine Nobili … sem nobreza, como um bom churrasco na laje.

Então, para acender toda essa turma é necessária uma energia considerável. Seja para por fogo num gás ou para por fogo num filamento. Pensando bem é uma tosquice antiquada e gastona.

Mas eis que surge o led. Tá na boca do povo, ou seja, todo mundo fala, mas ninguém sabe direito o que é.

Enquanto os botocudos tamborilavam a bossa-nova na década de 50, as primeiras experiências com o alumínio / arsenieto de gálio (não é nome de comida) eram realizadas por Rubin Braunstein nos laboratório da RCA, ou Radio Corporation of America, em 1955. O Sr. Rubin reparou que esse elemento tinha o hábito de emitir luz infravermelha. Pois bem, a Texas Instruments, em 1962, com os Srs. Bob Biard e Gary Pittman, deram seqüência as recentes descobertas e conseguiram efetivamente emitir luz infravermelha, surgindo assim o primeiro diodo de luz infravermelha. Claro, os parceiros patentearam o treco. E ainda em 1962, a General Eletric, através de seu cientista Nick Holonyak, desenvolveram o primeiro Led com luz visível no espectro sensível ao olho humano. Ou seja, essa coisa vem de longe.

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